terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Agradeço pelos quase 2.000 votos

Pois é amigos, não foi desta vez.

Peço desculpas por demorar em agradecer pelos votos, não só no concurso, mas também pelos votos de amizade e incentivo que recebi durante o concurso.

Apesar de ter retorno de amigos do Brasil e do mundo inteiro, ainda assim fiquei com apenas 20% dos votos e fui eliminada da competição.

De qualquer forma, a participação no Programa Graffite, a sensação de cantar ao vivo, a oportunidade de conhecer outros músicos fantásticos e a gracinha de aparecer na TV, foram divertidíssimas e já fizeram valer à pena todo o esforço.

Agradeço, do fundão do coração, a todos aqueles que votaram em mim pela net e por telefone. Podem anotar e me cobrar, um dia ainda canto pra uma multidão de fãs!

Tem algumas fotos dos dois dias de participação neste álbum. Também tem um vídeo no meu perfil do youtube, da música de abertura do último programa que participei, Alexandra Alves e Carol Ávila cantando Move Over da Janis Joplin.

Ah! Aproveito para agradecer ao pessoal do Programa Graffite. Ao Lucas Produtor, ao Dudu Apresentar, ao Diretor do Programa, ao Djegue e a todos os outros que foram muito simpáticos.

Um agradecimento especial aos meninos d’A Banda, Lauriston Dias, Caio Silva, Flávio Zidal e Emerson Jorge. Vocês são músicos talentosos e muito carismáticos. No caminho do sucesso, torço por vocês! Muito obrigada pelo carinho e pela diversão.

Agora eu entendi o recado, dá próxima vez que meu ímpeto me lançar em uma competição com transmissão em TV aberta, vou pintar meu cabelo de loiro e aprender a dançar funk, rebolando até o chão! Se acaso houver uma próxima vez.

Recadinho: Maria Flor, descubra-se garota. Encontre-se voltando para dentro de si. Ficar copiando o que vê na TV só vai te manter nesse caminho marrômenos em que você se encontra. Idéia original a do suspensório, héin!

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Continuando a sessão cinema

Em uma conversa com um amigo neste final de semana, acabei me lembrando de dois filmes clássicos que assisti há pouco e de outro filme notório.

Os dois primeiros são do mestre do terror: Alfred Hitchcock (1899-1980).
Durante a Exposição dos 80 anos do Jornal Estado de Minas, foram exibidos diversos filmes clássicos, dentre eles “Psicose” e “Os pássaros”, ambos de 1960. Tem umas fotos da Exposição no Que blog é esse?.

“Psicose” é sobre uma secretária que surrupia 40 mil dólares da empresa em que trabalha e, por não ter um plano descente, sai dirigindo pelas estradas enquanto pensa no que fazer. Depois de muitos quilômetros, ela para em um hotel quase falido à beira da estrada. Lá ela conhece um sujeito simpático e esquisito e, depois de um lanchinho inofensivo, acontece uma das cenas mais famosas do cinema mundial, as facadas assassinas enquanto ela toma banho.

De resto, todos devem saber um pouquinho da história. Se não sabem, vale à pena procurar este filme para alugar. Maravilhosamente inesquecível.

“Os pássaros” também marcou época no cinema e ainda é pano de fundo pra muito filminho de terror atual. A história não tem muitas reviravoltas. Basicamente, é sobre uma garota que vai ao interior procurando um potencial namorado e, nesta cidade, começam a acontecer estranhos eventos envolvendo pássaros. A situação fica tão calamitosa que as pessoas começam a fugir da cidade para fugir dos pássaros.

O que realmente impressiona neste filme é a fotografia, ainda que em preto e branco. As cenas são muito boas e os ângulos perfeitos. Basta dizer que nunca vi um pôr-do-sol em preto e branco tão lindo.

Foi a partir deste último que, em uma conversa de boteco com o Clan, acabamos nos lembrando do famoso “A Bolha”. Esse é mesmo trash e nem tenho muito a dizer sobre. Mas também não posso negar que marcou a minha infância e que, apesar de tosco, é um filme muito divertido.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Parabéns Vó



Vó Cinésia desencarnou há dois anos, é uma pessoa estraordinária e que eu amo muito.

Como ainda não inventaram um telefone para o além, registro aqui: Feliz Aniversário vovó! Que os céus se encham com o seu cheirinho de rosas.

Ah! Aproveito pra desejar parabéns pra minha amiga Porquita (Dan) e pro Clan!! Sei que eles nem devem saber que o meu blog existe, mas Feliz Aniversário assim mesmo!

Filmes da semana

Essa semana assisti um filme que poderia se chamar: A morte de James Bond, ao invés de “007 Quantum of Solace”.

Muita ação, câmeras em ângulos ótimos, computação gráfica, tiros, explosões, carrões, aviões e.... mais nada! É isso. Além da inclinação a Don Juan, o atual James Blond nada tem do original Agente 007. Foi uma grande decepção vê-lo sanguinariamente assassino e irracional, matando amigos e, vez ou outra, fazendo beicinho por conta de lembranças ruins.

Ruim mesmo...não... Péssimo, foi aturar quase 180 minutos de puro clichê. Quer ceninha mais medíocre que a mocinha revelar que é uma matadora obcecada porque, quando criança, toda sua família foi estuprada, degolada, escalpelada e queimada, enquanto a doce criancinha assistia? Ou tiroteio dentro de uma ópera, com a morte mais importante no exato momento do solo do tenor?

Eu até aceito um James Bond que escale paredes como o Homem Aranha e que se equilibre em cordas como o Tarzan, mas nunca um agente secreto que todos os vilões conhecem e ainda guardem fotos dele no celular. Desta vez foi fatal, JAMES BOND MORREU!

Assisti também “WALL-E” que é fantástico em todos os aspectos.

Como em toda história da Disney, o pano de fundo sempre apresenta uma lição de moral e a deste filme a lição é explicita e nocauteante, de fazer qualquer adulto pensar duas vezes.

Não existem muitas falas durante o filme e, como eu vi nos Extras, a produção trabalhou dobrado para chegar aos efeitos sonoros adequados. Porque são os variados sons do filme que desenrolam a história. A animação da Pixar é sempre um show a parte, com movimentação em cada roldana de cada robô.

Filme de robô tem aos montes e por isso não fui ao cinema assistir, mas me decepcionei. Os efeitos gráficos e de áudio devem ter ficado ainda melhores nas salas de cinema.

Ainda tem mais um, “Deu a louca na Chapeuzinho”, só que este, de tão bom, eu não vou comentar nada. Só uma dica, se puder, assista ao filme em uma TV Digital. A musiquinha vai ficar na cabeça o dia inteiro.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Causas humanitários é uma questão de sobrevivência


As chuvas que atingiram o sul do país, nestes últimos dias, causaram muito estrago para diversas pessoas, em diversas cidades. Apesar da chuva ter diminuiu um pouco, ainda tem muita água atrapalhando a vida de muita gente. É isso que contam as minhas irmãs de lá, que vivem em cidades diferentes e estão vivendo o aperto.

Todos já devem saber os detalhes do que está acontecendo por lá. A todo o momento a imprensa reporta boletins sobre a situação de todos e de tudo. Apesar dos repórteres gravarem as matérias dentro dos galpões, é a internet quem tem propagado as formas e locais para ajudar.

Então, aqui vai a dica para o pessoal da região metropolitana de Belo Horizonte.

A filial mineira da Cruz Vermelha, que fica na Alameda Ezequiel Dias, nº 427, Centro, atrás do Hospital João XXIII, está recolhendo as doações. O telefone de contato é (31) 3226-4233.

O CEFET-MG (Centro Federal de Tecnologia MG) também está recebendo doações. O endereço é Av. Amazonas, 5253 – Nova Suíça. O telefone do CEFET é este (31) 3319-7000. O telefone que o MEC disponibilizou para contato é este 0800-61-61-61.

O futebol mineiro também entra nessa. Os maiores times do Estado, Atlético Mineiro e Cruzeiro, em parceria com a Cruz Vermelha, lançaram a campanha “Juntos pela solidariedade”. As lojas dos dois clubes vão receber, durante o mês de dezembro, doações de toda natureza. Os endereços das lojas são estes.

Loja do Galo(oooo)
Rua Bernardo Guimarães, 2400 – Lourdes. Telefone e e.mail para contato: (31) 2555-0013 / lojadogalo@lojadogalo.com.br.

Loja do Cruzeiro
Rua dos Guajajaras, 1722 – Barro Preto. Telefone: (31) 3293-8433

No site da Defesa civil de MG tem mais informações e eles também estão recebendo doações, na Rua Manaus, 467, 6º andar – São Lucas. Telefone de contato (31) 3236-2111. Doações também no Depósito da CEDEC: Av.: Amazonas nº 6455 - bairro Gameleira. Telefone de contato: (31) 3332-1377.

Vale lembrar:

- para doação de alimentos: devem estar dentro do prazo de validade; não-perecíveis; observar integridade das embalagens;

- para arrecadação de colchões e roupas de cama: bom estado de conservação e prontos para utilização; devem estar limpos;

- para arrecadação de roupas e calçados: limpos e em condições de uso; não podem estar danificados/ os calçados devem estar amarrados entre si (pé direito com esquerdo); numeração deve ser marcada externamente (no solado), com caneta;

- utensílios domésticos: devem estar funcionando e em bom estado de conservação

IMPORTANTE: Soube que a TAM transportará todas as doações possíveis hoje, dia 05 de dezembro. Por isso, é importante ligar para os locais e confirmar o recebimento. Eu acredito que haverão outros vôos para levar as doações. Se encontrar esta informação, publico aqui.

O Natal está chegando e não dá para evitar

Ainda que o mundo faça desta data um tanto quanto desagradável, eu ainda consigo sentir o espírito natalino.

Essa é a época de rever toda a família, que em alguns casos só encontro mesmo nesta data. De comer muita coisa boa e muito também, visto que a cada amigo que você visita, ao menos, do peru você tem que provar. Época de ver muita luzinha piscando, emoção que só dura até o café da manhã de natal, quando mesmo de olhos fechados, a gente ainda consegue enxergá-las.


Mas eu até gosto do Natal, seria injusto dizer o contrário. Por isso, quero presentear a todas as minhas irmãs, tias e tios.


Nesse link tem alguns fundos de tela roxinhos pra comemorar o Natal. Fiquem a vontade!

domingo, 30 de novembro de 2008

A vocalista d'A Banda do Graffite


Pela internet só dá para votar uma vez por computador. Mas, pelo telefone dá pra votar quantas vezes quiser e o preço é de ligação normal para telefone fixo. No site dá pra ver vídeos com as apresentações dos candidatos.

No próximo sábado, dia 06 de dezembro às 13:30h, vou cantar novamente. Conto com vocês!

sábado, 29 de novembro de 2008

Votem em mim para vocalista!

Peço desculpas a todos, que consegui avisar e também àqueles que não consegui avisar. No artigo anterior falei sobre minha participação no Concurso A Banda e os convidei para assistirem ao programa Graffite, da TV Alterosa. Só que me distrai e acabei colocando a data errada. A minha participação foi no programa de hoje e não no dia 22/11, como escrevi abaixo.

A boa notícia é que eu... NÃO FUI ELIMINADA DE CARA!
Aproveito para parabenizar o Léo, um dos candidatos. Adorei conhecê-lo, mas, infelizmente, ele foi o escolhido para deixar o concurso.

No próximo sábado, dia 06 de dezembro, vou abrir o programa cantando com a Carol, outra candidata. Que, aliás, é um doce e merece os parabéns também. Mas para continuar na brincadeira até o dia 22 de dezembro, que é a final do concurso, preciso que votem em mim, quantas vezes puderem e quiserem.

Até a próxima sexta-feira (ou sábado de manhã, não tenho certeza) estarei concorrendo, com a Carol, por uma vaga na próxima etapa. Dá pra votar, uma vez, pelo site do Programa Graffite e, várias vezes, pelo telefone: 3209-8001. É só ligar e esperar ouvir a confirmação. Hoje (dia 29/11, 16:47h) ainda estão falando o nome de outra candidata, Amanda Rodrigues, que foi eliminada nesta semana, mas o voto vai pra mim sim, garantido!

Por fim, mas nunca menos importante, agradeço a todos os amigos que assistiram ao programa, que me ligaram, mandaram mensagem e até já votaram eu mim. Valeu!!!

Ainda não consegui salvar o vídeo, mas dá pra me ver cantando neste link.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

A Banda – Graffite

O tema da matéria de hoje ta mais para um convite. Neste final de semana eu vou cantar, ao vivo, na televisão e quero todos os amigos torcendo por mim!

Vou explicar.
Grafite é um programa de auditório da TV Alterosa, emissora mineira filiada ao SBT. É exibido, ao vivo, e apresentado pelo Dudu Schechtel, ex-radialista de um programa homônimo, na extinta rádio Extra FM e, por isso, figurinha conhecida das noites belorizontinas. Na programação tem música, entrevista, jogos e concursos... onde eu entro!

A produção do programa organizou um “concurso de calouros”, onde vão escolher A Banda do Graffite. Os quatro instrumentistas já foram escolhidos, baterista, baixista e 2 guitarristas. Agora é a vez dos vocalistas.

Serão 4 candidatos todos os sábados, até o dia 22 de dezembro, quando acontece a final. Na última semana rolou a primeira eliminatória, quando um candidato foi escolhido para ficar, outro ganhou um Adeus e os outros dois estão aguardando a votação do público, que pode ser feita pela internet ou pelo telefone que estão no site (aqui).

Esse final de semana sou eu, com mais três candidatos de peso! A música é boa, a produção fina, a energia a milhão e a glândula da diversão pulsando, igual pickup de trance!

Assistam! Nesse sábado, 22 (errado, foi dia 29), às 13:30h, na TV Alterosa.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Participação Popular no Orçamento Participativo

Eu acho importante participar da vida da minha comunidade e das decisões sobre ela. Ainda que eu tenha fortes tendências nômades e crises anti-sociais, ter o direito de opinar sobre o que vai acontecer na cidade onde eu moro é um privilégio e eu faço questão.

Faz algum tempo que a Prefeitura de Belo Horizonte implantou o Orçamento Participativo e, desde então, muita coisa boa tem acontecida para os moradores. Somos uma das seis cidades brasileira que mantêm operante esta ferramenta democrática. Além do Brasil, alguns outros poucos países também utilizam o OP.

Recentemente, o Prefeito Fernando Pimentel recebeu um prêmio internacional pelo pioneirismo em ampliar o Orçamento Participativo até a internet, tornando BH a primeira cidade no mundo a votar online e com toda comodidade. Na página do programa, uma frase descreve esse sucesso:

“O Orçamento Participativo Digital, pioneiro no país e no mundo, ganhou grande destaque internacional ao obter, em sua primeira edição (2006), 503.266 votos e ter seu site visitado por 192.229 internautas de 23 países.”

Acima do melhoramento urbano, vêm a desenvolvimento intelectual, social e político dos cidadãos. Como disse o Wikipedia, “No Orçamento Participativo retira-se poder de uma elite burocrática repassando-o diretamente para a sociedade”. É neste momento que todo aquele discurso de boteco pode se transformar em benefício, inclusive para o próprio sujeito.

Diversas obras são votadas todos os anos, por milhares de cidadãos. Neste mês dezembro, quando o OP comemora 15 anos, a Prefeitura vai entregar a milésima obra. No momento, cinco obras viárias estão em votação. Quem quiser participar, basta acessar a página do OP e, com o número do título de eleitor, deixar sua contribuição, mas tem que ser eleitor de BH. Eu já votei!

Humm... afinal, talvez não seja assim tão ruim ter um futuro candidato à Presidência da República, como Governador. O que não muda mesmo é a encenação romana de democracia que nossos parlamentares apresentam na capital, onde atualmente todos os esforços estão centrados na votação do aumento salarial do prefeito, de R$ 15 mil para R$ 19 mil, o que aumentaria, em conseqüência, o salário de diversos outros cargos públicos municipais. Esse bacanal custará aos belorizontinos, me média, R$ 100 mil reais anualmente. Ainda que a capital mineira pague ao prefeito o 4º maior salário entre as capitais do Brasil e o maior da região sudeste. Esta remuneração é ainda maior que o salário do Governador do Estado e do Presidente da República, como li aqui.
Mas esse é um assunto para outros textos, ainda mais longos. Por enquanto, quem quiser saber mais sugiro alguns links (1) (2) (3).

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Votação Popular - Mercado do Santa Tereza


Uma outra ação muito interessante, também da Prefeitura de Belo Horizonte, é quanto ao futuro de um dos mais antigos mercados distritais da capital, o Mercado de Santa Tereza. Este é um dos bairros mais tradicionais na cidade e um conhecido recanto boêmio.

Como vem acontecendo, também há um tempo, estes mercados têm perdido espaço para os centros de compra super modernos e com o poder de oferecer mais vantagens para quem paga. Com isso, os mercados regionais têm ficado abandonados e apenas os comerciantes mais esperançosos se mantêm e abrem suas lojas todos os dias.

Para não deixar a história morrer, a Prefeitura selecionou três propostas e ofereceu à população o direito de escolher qual delas ocupará o Mercado Distrital do Santa Tereza, transformando-o em um espaço cultural.

Para votar, é preciso acessar o site e usar o número do título de eleitor como identificador, por isso só dá pra participar quem tiver domicílio eleitoral registrado em BH. Até a Débora Falabela gravou um vídeo, apoiando uma das propostas.

Li uma matéria onde o “Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento de Minas Gerais (IAB-MG) e o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG), apresentaram uma queixa à Prefeitura, onde comprovavam a possibilidade de fraude no plebiscito”. O que é não é propriamente uma novidade, mas não deixa de ser desagradável.

Pelo sim, pelo não, eu fiz minha parte e já registrei minha opinião na página de votação das propostas.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Eu sou a favor da mídia espontânea!

Faz tempo que quero falar destas duas ações, mas não encontro tempo para escrever sobre elas. Consegui tempo para fotografar as peças, aqui estão. Em breve, crio um link com o motivo da história toda.


Ação nº1

Esta peça é uma mala direta. É a divulgação de uma empresa de telefonia e os seus serviços para o IPhone. A caixinha branca é um envelope estilo gaveta. Dentro tem um folheto explicativo, no formato do IPhone, onde cada página exemplifica um dos serviços, demostrados na tela do aparelho.
Aproveito e peço desculpas a minha vizinha. Confesso que essa peça não era para mim e que sei que violação de correspondência é crime. Mas se ela soubesse, diria que a propaganda tem mais valor para mim do que pra ela.
Ação nº2
Foi essa peça que me inspirou! Um marca de detergentes para máquina de lavar-louça surgiu no mercado recentemente com uma novidade. Ao invés do consumidor medir os grãozinhos de sabão, como acontece com o sabão em pó, a quantidade exata vem em bloquinhos, parecidos com mini esponjas! Uma das ações de lançamento desse produto, foi enviar uma amostra grátis para o público, após solicitarem autorização e endereço através do envio de um e.mail marketing com rsvp.
A ação foi brilhante e eu garanto que minha mãe virou fã. Acertaram em cheio, a mensagem adequada para o consumidor certo. Parafraseando: "... fica a dica, se quiser chamar a atenção, saiba primeiro com quem quer falar".

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Não é só mais um bar em BH

Eu moro na região oeste de Belo Horizonte e frequentemente, ao voltar pra casa, passo em frente a um bar. Até aí tudo igual, já que na capital mineira todas as esquinas têm um bar e todos eles sempre guardam grandes segredos. Este era um deles.
O que mostra que aquele lugar é de fato um bar, são as mesas do lado de fora que, em certos dias, chega até a metade do quarteirão. O estabelecimento não tem placa, nem muito barulho, nem uma luzinha que chame a atenção. A rua não é muito movimentada, na verdade é um corta caminho bem mais tranqüilo do que o cruzamento logo abaixo, onde em uma esquina tem um Habbib’s, na outra uma Blockbuster e no quarteirão acima a Avenida do Contorno, que literalmente contorna a cidade.
Aconchegante e discreto, como eu gosto, o bar me despertou interesse desde que foi reaberto, não me lembro há quanto tempo.
Terça passada, em mais uma busca para onde ir, decidimos conhecê-lo. Depois de uma voltinha, chegamos e vimos que estava um pouco cheio, mas com a chuva, não tínhamos paciência para procurar outro lugar.
Paramos o carro, corremos para a porta e ...! Eu realmente não imaginava o que vi!
Entrando no lugar, que parece um longo e estreito corredor, vi ao fundo o balcão coberto de parafernálias interessantes. Em toda a extensão da parede à minha esquerda estavam coladas, pelo magnífico processo do lambe-lambe, fotos e imagens em preto e branco de tudo que eu pude imaginar. Na parede contrária, algumas fotos, peças e quadros. E no teto o Quê que faltava, um ventilador com uma estrutura metálica em T e duas hélices, uma em cada ponta. Tipo este aqui. O ambiente é simplesmente onírico, exatamente como eu o faria.
Nos acomodamos e foi impossível parar os olhos, até que um sujeito se aproximou perguntado o que podia fazer por nós e logo descobrimos que era Luigi, dono deste, chamado de Bar Particular. Nós três passamos a três horas seguintes conversando sobre os assuntos mais diversos. Entre muitas outras coisas, Luigi nos disse que era um publicitário, como nós. Que já foi um músico e tocou com Samuel Rosa em sua primeira banda. Atualmente, Luigi é o chef do Bar Particular, responsável pelo cardápio e sua esposa Adriana, que conhecemos depois, penso que é a responsável pela administração.
Este cardápio, inclusive, chamou minha atenção por ser uma simples folha A4 dobrada ao meio impressa a jato de tinta! Quando perguntei o porquê, Luigi me disse que a cada semana ele muda todos os pratos do cardápio. “Você não vai comer aqui, o que comeu na semana passada. Toda semana eu invento uma coisa nova”, disse ele.
Luigi já viajou e morou em muitos lugares no mundo, já trabalhou com muitas personalidades notórias e conhece muito de música e músicos. Tem até um cartaz do Bo Diddley (se não me engano), autografado pelo próprio. Só faltou uma foto da Janis.
Eu poderia escrever muito mais e não faltariam detalhes pra contar, mas esta não é a melhor forma de conhecer o bar. Luigi é uma figura impressionante e o Bar Particular agora faz parte da lista: Eu recomendo e consumo!

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Maxímidia 2008: Os desafios de comprar e vender mídia no século XXI

8 de outubro de 2008
Palestra:
Os desafios de comprar e vender mídia no século XXI

Painelistas:
Ângelo Franzão – McCann
Paulo Carmossa – ALMPBBDO
Paulo César Queiroz – DM9DDB
Moderador:
Mônica Waldvogel – Jornalista

Ângelo Franzão – McCann
É desnecessário detalhar o que está acontecendo no mundo da comunicação atualmente.
Hoje os próprios consumidores fazem a mídia. As possibilidades e os formatos de veiculação são variados e o que antes era estático hoje se tornou dinâmico, o que era pago hoje é de graça. A relação entre a mídia e o atual formato de comunicação exige uma atenção muito maior dos profissionais de comunicação.
Pontos a serem analisados:
· Consumidor – sócio / demográfico
Devemos conhecer suas dores, suas ambições, suas dificuldades, seus desejos, seus valores, enfim, sua vida.
· Geografia - CDI/BDI
Potencialidade, movimentação, identificação dos traços de desenvolvimento
· Mídia e a relação custo x benefício
Hoje não se busca mais a audiência e sim a atenção.
Na plataforma digital a movimentação é crescente. Não só pela abrangência, mas também pela capacidade de renovação. Já nas plataformas analógicas a movimentação é contrária. De fora pra dentro, primando pelo conteúdo.
Os profissionais de mídia estão naturalmente envolvidos em todas as frentes do negócio. A Mídia está cada vez mais integrada ao planejamento estratégico da comunicação e da própria criação.
Nós temos que criar um sistema de métrica para descobrir qual o valor que cada meio propõe. Não só o valor, mas o resultado que ele traz.
Em se tratando do sistema comercial, as marcas precisam se relacionar de forma diferenciada, em determinados momentos, com seus consumidores e às vezes a gente não encontra um formato que os atenda.
Outro ponto importante é a compra diante da entrega. Hoje é necessário traçar uma relação mais próxima entre o que é comprado e o que é recebido pelo cliente.
Ninguém discute mais a capacidade do mercado publicitário brasileiro, mas é preciso que o façamos crescer ainda mais. Antigamente este mercado respondia por 0,6% do PIB brasileiro, hoje gira em torno de 1%. Em alguns países europeus esse percentual é de 2 a 3%.
O Grupo de Mídia de São Paulo acaba de criar um curso específico para treinar mídias.

Paulo Carmossa – ALMPBBDO
A mídia ao longo destes últimos 50 anos consolidou duas reputações importantes. A primeira é a reputação técnica. Nestes últimos tempos foram criadas diversas ferramentas que confirmam as tão consolidadas teorias e com isso podem até quantificar os investimentos e os retornos.
Mídia é uma área da propaganda que analisa as necessidades de comunicação de um produto ou serviço. De forma mais simples, a mídia cria estratégias para falar com as pessoas.
Fazer mídia pede outras habilidades, mídia é um exercício de pensamento, criatividade e observação. Pensamento porque tem a ver com o planejamento estratégico. Tem a ver com criatividade porque é preciso mostrar o novo e inventar novas maneiras de falar. Observar porque é preciso observar profundamente aqueles que queremos atingir. Observar o cotidiano do público é buscar inspiração para comunicar.
Ouvir e ver são outras funções fundamentais para um profissional de mídia. Hoje é insuficiente usar fatores demográficos para delimitar um publico. A tendência agora é analisar o consumidor pelos pontos psicográficos. Para falar com o público não importam mais os antigos fatores, o importante é pegá-lo nos momentos certos. Porque aquilo que marca é o que fica na memória.
O filme a Bruxa de Blair é considerado um fenômeno de marketing. Com um custo de US$ 30 milhões, arrecadou mais de 250 milhões de dólares. Esse sucesso é explicado pela interação com o público, a inovação na maneira de produzir e as formas alternativas de gravação e de divulgação do filme.
A utilização dos canais adequados é um dos fatores mais importantes para o sucesso. O ambiente em que a marca é veiculada interfere na percepção de uma mensagem. É preciso escolher o ambiente propício, que irá valorizar a marca, ressaltando seus aspectos positivos.
Um bom planejamento é o que leva a uma boa compra de mídia. São estas infinitas possibilidades de falar com as pessoas que torna a esta profissão tão importante.
Uma boa idéia, num bom ambiente, no momento certo leva para frente qualquer marca.
Observar o cotidiano é a melhor forma de compreender o mundo e se inspirar.
Aqueles que estão atentos a todos os detalhes em meio a tantas informações, esta fadado ao sucesso.
O maior desafio do profissional de mídia é não se perder em meio aos discursos modernos e não ficar parado, vendo tudo passar. É ir caminhando e acompanhando as evoluções.

Paulo Queiroz – DM9DDB
Não somos compradores ou vendedores de mídia. Somos pessoas que transformam idéia em valor. Comprar e vender mídia é um pedaço deste projeto. O maior desafio é desenvolver a economia, utilizando a comunicação como alavanca.
É difícil falar de um futuro totalmente invisível. O futuro já está na nossa frente. Tudo já está acontecendo, só não é possível precisar qual o rumo.
Três desafios são relevantes para o profissional de mídia.
1 – Serviços estratégicos e criativos.
Nós vendemos idéias e isso é difícil quantificar. As empresas têm investido nos departamentos financeiros, que usualmente se atêm ao custo, preço e etc. Em outros casos, já existem empresas especializadas para quantificar o retorno de uma campanha ou de um investimento em comunicação.
Para que possamos agregar valor, o valor de nossas idéias, é preciso ter autoridade sobre o negócio dos nossos clientes e não fixar somente na ação de compra e venda. Que sejamos co-gestores dos negócios dos nossos clientes.
2 – Cada vez mais, nós compartilhamos as metas dos nossos clientes.
Precisamos nos aprofundar na cadeia de valor das empresas e trazer as idéias criativas para dentro da empresa. Trabalhar o endomarketing. Ser co-participante da cultura do anunciante é uma forma de agregar valor.
3 – Assumir, de fato, que os profissionais de mídia, seja no mercado nacional ou internacional, são grandes influenciadores e formadores de opinião.

Eu não me preocupei em transcrever este painel por inteiro. Vou confessar que tinha expectativas bem altas que não foram correspondidas.
Este painel foi muito interessante, até mesmo por contar com a opinião de grandes profissionais, mas achei o discurso de todos os painelistas muito vazio e abstrato. Chego até a dizer que muito filosófico, mas extremamente necessário. Depois de tanta discussão sobre o armagedon da publicidade no Brasil, este painel acendeu uma luz. Apesar de piegas, todos os comentários serviram para inspirar o otimismo. Assim eu espero...

Maximídia 2008: Indústria da Comunicação - Oportunidades e Riscos

9 de outubro de 2008
Palestra:
Indústria da Comunicação: Oportunidades e Riscos

Debatedores:
Dalton Pastore – ABAP
Fábio Fernandes – F/NAZCA
Luiz Lara – TBWA
Nizan Guanaes – Grupo ABC
Moderador:
Marcelo Salles Gomes – Grupo M&M

Marcelo Salles
Vou apresentar a vocês debatedores, 3 tópicos e gostaria que nós os seguíssemos durante o painel.
1 – Qual o papel das agências de propaganda neste momento, onde o tripé veículo, agência e anunciante foi pro espaço?
Até onde irão as agências de propaganda? Que papel farão: Design, Novos produtos, Veículos para os seus anunciantes, Games e etc?
E como serão remuneradas, neste momento em que a cobrança por resultados cresce e a remuneração variável é maior e mais presente?
2 – O impacto da tecnologia nos negócios.
A presença marcante da tecnologia e sua evolução no cotidiano dos negócios.
Segundo Cris Anderson, hoje em dia tudo é mídia. Então, como a nós comunicadores faremos para agregar tudo isso numa mesma estratégia?
Vamos falar sobre este novo elemento que foi integrado à comunicação recentemente. A interatividade.
A comunicação é feita em duas vias. Os consumidores não só recebem como produzem e propagam informações. Se formos analisar esta frase, de um ponto de vista mais radical, pode se dizer que os anunciantes e os consumidores não precisam mais dos profissionais de comunicação.
3 – O talento. Um ponto muito importante.
O principal ativo da publicidade são as pessoas e não as máquinas ou processos, como na grande maioria dos negócios.
O que vemos é que, cada vez mais, nossos profissionais se mudando para outros países em busca de trabalho ou até por convite de empresas estrangeiras.
Por quê? Será que devemos atrair os talentos estrangeiros, os bons profissionais de mercados internacionais? Será que estamos abertos o suficiente para recebê-los?
Será que devemos investir mais capital financeiro nos bons profissionais brasileiros, na intenção de mantê-los? Será que temos capacidade financeira e estrutural para manter estes profissionais no Brasil?
Ainda sugiro mais um tema para o nosso debate, que vai além da comunicação.
Quais serão os efeitos da crise internacional a curto e longo prazo?

Marcelo Salles: A agência de propaganda ainda é relevante para os anunciantes, produtos e marcas?

Dalton Pastore
Na minha opinião este tripé nunca existiu. Agência, veículo, anunciante. Aliás, acredito que nunca tenha existido anunciante.
Eu nunca conheci uma empresa que quis se tornar anunciante. O que existe são empresas que buscam a comunicação para incrementar suas vendas, seu negócio, ganhar mais visibilidade e etc.
A chamada indústria da comunicação se organizou para atender a esta necessidade.
Outra coisa é que eu não vejo uma fronteira entre o passado, o presente e o futuro.
Não acho que as coisas estão mudando. Que agora é assim e amanhã vai ser de outro jeito.
O Brasil vendeu em 2007, em meio à era digital, 11 milhões de televisores. Boa parte desta quantia são televisores de tubo. Ou seja, o mercado não esta mudando tão drasticamente.
Estão surgindo novas mídias, novas tecnologias, novas formas, mas isso é gradativo.
A TV aberta ainda tem 99% de penetração no Brasil. Aqui, ainda se compram muito televisores de tubo.
Com relação ao papel das agências, eu acho que mudou. Os esforços agora devem ser para incrementar vendas, construir marcas, fortalecer negócios, valorizar empresa. Tudo isso, através do nosso negócio: a Criatividade.
Nós somos a indústria da criatividade, mas criatividade como um todo, não só criação. No planejamento de mídia, no atendimento, na produção, em todas as funções. Nosso papel sempre foi esse e vai continuar sendo. A criatividade é o nosso diferencial e isso não está sendo desvalorizado.
O que sofreu uma derrubada nos últimos anos não foi a relevância das agências, mas sim a relevância do marketing. Neste quesito as agências estão perdendo terreno.
Essa crise financeira internacional vai resgatar a importância do marketing. Os empresários perceberão que é através das ações de marketing, de comunicação, do posicionamento da marca e coisas assim que os farão passar pela crise. É o planejamento de marketing que fará com que suas empresas consigam atravessar esta crise sem sofrer grandes impactos.

Fábio Fernandes
Eu acho que as agências têm uma importância fundamental para as empresas anunciantes e eu sei que elas são reconhecidas assim. Ao menos os clientes da F/NAZCA pensam desta forma.
Eu não fico sentado na sala das secretárias dos meus clientes conversando sobre aquela empresa, para que então minhas opiniões sejam levadas aos Diretores. Eles próprios discutem comigo quais serão os rumos do seu negócio.
A construção e a manutenção da marca do cliente é uma parte essencial da vida do próprio negócio. Alguns clientes gostam de se abrir mais para um parceiro tão importante como a agência, outros menos.
Eu entendo que as agências esta se assemelhando demais, “comoditizando” cada vez mais. Não há muito diferencial entre elas e esse é o grande perigo. Não gosto dessa coisa de que a publicidade funciona como argumento para a má publicidade. O que vale é fazer uma boa publicidade e que funcione. Uma boa publicidade deve trazer resultados sempre, não só quando “é preciso vender”.
Eu acho que a gente tem feito pouco pela inovação da publicidade. Temos feito muito pouco para criar novidades e alternativas inovadoras. Temos gastado muito tempo discutindo as agências de publicidade e pouco discutindo o negócio do cliente.
A publicidade argentina, por exemplo, é fraquíssima. Destruída e acabada, por que eles próprios deixaram ficar assim. Se for para a publicidade se tornar um comoditie, que façamos isso crescendo, ganhando mais força e nivelando por altos padrões. Entendo que temos que nos movimentar mais para sermos menos iguais.
Temos que nos esforçar para que, se for para sermos iguais que sejamos iguais lá no alto.

Luiz Lara
Este ano realizamos o 4º Congresso Brasileiro de Publicidade, depois de 30 anos sem um evento deste porte. Hoje estamos na 28ª edição do Maxímidia. Além disso, são mais de 40 anos de existência do Grupo de Mídia. Isso comprova que temos uma boa história.
A indústria da publicidade brasileira é muito boa, somos competitivos e competentes. O que não significa que temos que ficar em uma zona de conforto.
O Grupo Abril, por exemplo, marca presença na internet, inovando e renovando diariamente. Atendendo a maior demanda do consumidor nos últimos tempos.
A gente joga duro, mas joga na bola e não na canela.
Está comprovado, que o Brasil e a China são países que mais crescem, entre os quatro tidos como promessa de ascensão (Brasil, China, África e Índia).
A Vale e a Petrobrás, que são empresas genuinamente brasileiras, representam uma grande parcela na lucratividade do planeta. Se aumentarmos o custo das ações destas empresas, a princípio pode refletir em uma diminuição na procura, mas com o tempo todo o mundo vai entender o valor destas marcas e voltarão a investir. Estas empresas vão falar com o mundo e o Brasil será visto de outra maneira. Isso deve servir como uma alavanca para o mercado de comunicação no Brasil.
Outro exemplo é o nosso mercado de cosméticos, considerado o maior do mundo. O mercado de cartões de crédito brasileiro é o segundo que mais cresce no mundo. Agora, nós até podemos parar de crescer se quisermos.
O Brasil já passou por situações de muita crise, mas ninguém nunca precisou hipotecar suas casas. A indústria da propaganda no Brasil, assim como a forma de fazer negócios dos brasileiros, é honesta, clara e justa. Não somos irresponsáveis e não afundamos nossos clientes, parceiros, veículos ou fornecedores em dívidas. É dessa forma que podemos afirmar que somos confiáveis.
Como medir todos os grandes cases (casos de sucesso) criados por nós?
Todos os veículos que estão aqui trabalham a interatividade. Nós já sabemos criar ações diferenciadas e isso é o que nos faz melhores. De repente, voltar o controle para as mãos dos profissionais de marketing seja a melhor solução para esta crise.
A nossa história nos aponta para um futuro promissor. Assim como a história mostra, ano que vem estaremos aqui novamente, mais fortes e mais extraordinários.

Nizan Guanaes
Eu não concordo com este diagnóstico, ele é meio “americanóide”. Na crise, é preciso liderança, visão e autoridade moral. Precisamos fazer uma nova pauta mundial.
Eu não sou antiamericano. Antiamericano são os americanos que aprontam como aprontaram desta vez.
Este crime organizado financeiro que se estabeleceu nestes últimos dias é a maior vergonha da história norte americana.
Quando eu imagino que nós ouvimos tantas prédicas (falações) em fóruns, como este, sobre comerciais fantasmas e as inferioridades dos profissionais de mídia brasileiros, eu fico pasmo. Quando eu me lembro que já ouvimos sermões anglo saxônicos sobre o quanto o CONAR, os EMP, IBV, ABAP eram arcaicos, eu fico furioso.
Diante dessa crise norte americana, que vai dizimar muitos sonhos no mundo todo, eu vejo que não existe super homem, não existe fórmula mágica. Ninguém nessa sala ou lá fora sairão imunes. Só haverá solução dolorosa e não soluções criativas.

Neste momento, Nizan leu um texto enorme com suas opiniões, traçadas no papel de forma ríspida e harmônica. Eis aqui alguns trechos.
Quando as pessoas falavam em bonança eu falava em medo. Hoje sou o maior grupo nacional e quero dizer que quero me associar a todas as grandes empresa do Brasil, grandes e visionárias, para continuar crescendo.
Na cagada não tenha medo de cheirar mal. Faça o mal para preservar o bom. Não tente sair bonito na foto, lute para ficar na foto. Esqueça seu ego, cuide do seu corpo, não tem lugar para guardar o ego quando você morrer. Seja pessimista, pense no pior e se quiser sonhar, não durma.
Seu rival pode ser seu maior parceiro. A Inglaterra e a França passaram a história inteira brigando, mas saíram fortes da 2ª Guerra Mundial e hoje têm diversos acordos comerciais, financeiros e sociais. Muitas das invenções do mundo foram criadas durante a guerra.
Quem sair forte deste ciclo vai sair forte deste século.
Neste momento de pessimismo e medo eu convido o Brasil a liderar essa crise de forma diferente. Eu espero, sobretudo, ver no próximo Maxímidia, boa parte de todos nós vivos.

Marcelo Salles: Fábio, você concorda que o cenário é tão pessimista assim?

Fábio Fernandes
Eu acho que aqui deveria ser um debate sobre a publicidade, sobre a comunicação.
As minhas diferenças sobre as opiniões do Nizan são emblemáticas. Não acredito que tenhamos que ter medo.
Temos que ser inovadores. Responsáveis como sempre, mas inovadores. Temos que esquecer os problemas do mundo e falar mais de nós.
Esse quadro ruim só se concretizará quando as agências não souberem mais mostrar aos clientes o seu diferencial, o diferencial da própria comunicação e da publicidade nos negócios.
Aquilo que realmente é capaz de disparar uma avalanche de conseqüências positivas dentro de uma empresa, não tem preço. Essa mudança, essa capacidade de virar o jogo, também não tem preço.
Você é indispensável porque somos capazes de fazer o que o cliente não é capaz de fazer.
O meu negócio é fazer esse negócio ser valioso.

Nizan Guanaes
O que eu quis dizer é que devemos estar preparados e capitalizados. Para o bom e para o ruim. Preparados para qualquer momento que surja. Independente do que acontecer, estejamos prontos para enfrentar e não sejamos pegos de surpresa.

A partir deste momento eu não pude continuar transcrevendo o debate, porque ele se tornou algo mais que isso e eu optei por registrar mentalmente os detalhes mais interessantes. Nizan e Fábio iniciaram uma ferrenhe discussão que, apesar de ter ido muito além do marketing, da comunicação e da publicidade, apresentou duas opiniões interessantes sobre o momento em que o Brasil se encontra, financeira e socialmente. Mas não parou por ai. Ambos levaram a conversa, nada amigável, para o lado pessoal e começaram a trocar comentários dúbios, os quais a grande maioria dos espectadores não foi capaz de compreender. Aquelas famosas alfinetadas, discretas e diretas. Ainda assim, afirmo que esta foi um dos painéis mais interessantes do Maximídia 2008.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Português ou Esperanto?

Hoje posto mais uma das palestras que assisti no Maximídia Sat 2008.

Antes disso, faço questão de ressaltar aqui um assunto muito acalorado e sobre o qual eu tenho uma opinião muito formada. EU ODEIO ESTRANGEIRISMOS!

Não que eu ache que não podemos utilizar palavras e expressões que venham de outros países e línguas. É muito claro que algumas coisas, inventadas fora daqui e que façam parte de outra cultura, devam permanecer com o mesmo nome. Não me importo de utilizar o inglês para nomear os equipamentos e os processos da informática, o espanhol para nome de raças de animais e vinhos ou o francês para nomear pratos e aromas.

Como o Mouse, por exemplo. Infelizmente, os brasileiros vêm se acomodando tanto com essa tal “globalização” que não se preocuparam em criar um sinônimo para este rato. Inclusive, a Academia Brasileira de Letras já incorporou esta palavra ao dicionário da língua portuguesa.

Só não me enfie goela abaixo palavras como personal trainer, mobile, sale, cross media, coach, insight, background, , Chief Executive Officer, Chief Marketing Officer.... hummm, todo mundo entendeu todos os termos??

Pois é! O português é uma língua linda e com um vocabulário dos mais extensos no mundo. Também é uma das línguas mais difíceis de se aprender. Talvez, por isso, ainda sejamos um país com tantos semi-analfabetos. E é exatamente por isso que eu discordo do uso de palavras estrangeiras de maneira tão banal como vemos.

"Por qual razão os brasileiros deveriam se sentir constrangidos dentro de seu próprio país só porque não sabem pronunciar estas palavras?", disse Aldo Rebelo, um deputado que tenta aprovar um lei que proíba o estrangeirismo. Tem mais sobre essa história aqui e aqui. Não que eu concorde com tudo o que ele disse, mas nesta frase ele tem razão.

Por que nós é que devemos engolir expressões estrangeiras?
Por que eu tenho que chamar de CASE uma história marcante, se eu posso chamar de CASO DE SUCESSO ou caso de fracasso, se este for o caso.

Um lingüista chamado Steven Roger Fischer, disse, há um tempo atrás, que a língua portuguesa estaria morta em 300 anos. (Leia aqui sua entrevista para a revista Veja) Segundo ele, o que ficaria no lugar seria um Portunhol.

ABAIXO AO ESTRANGEIRISMO, digo eu!
Que façamos uma revolução mundial e surpreendamos a todos, pois somos o maior país da América Latina. Que no futuro não só 5 países falem o português, mas que o português seja uma das 5 línguas mais faladas no mundo.
Quem estiver a fim de se inteirar mais sobre o assunto, eu terei um enorme prazer em debatê-lo!

Maximídia 2008: O consumo popular e as Marcas – Construindo confiança para gerar valor

8 de outubro de 2008
Palestra:
O consumo popular e as Marcas – Construindo confiança para gerar valor

Painelistas:
Cecília Russo – Troiano Consultoria de Marca
Marcelo Coutinho – IBOPE
Debatedores:
Hugo Janeba – VIVO
Marcelo Velloso – Losango
Marcel Sacco – Grupo Schin
Mauro Multedo – McDonald’s
Moderador:
Marlene Bregman – Leo Burnett

O IBOPE e a Troiano Consultoria se reuniram para desenvolver este projeto e mapear a classe C brasileira. Com a ajuda da Meio e Mensagem, foi possível estudar e então gerar os resultados desta pesquisa.
Não é um desafio fácil falar com o consumidor da classe C, mas este é um público de grande retorno, por isso mesmo, um público ao qual se deve direcionar esforços neste momento e entender qual a relação destes consumidores com as marcas.
Em um primeiro momento, a tentativa foi resgatar o conhecimento que já existia sobre esta classe de consumidores.
A classe C tem aparecido na impressa com muita força, nos últimos meses. Os jornais estampam, freqüentemente, manchetes como “Quem é a nova classe média no Brasil”, “Presença da classe C avança na internet”, “Classe C ganha corpo e muda o conceito de classe média”.
A intenção deste projeto foi mapear, através de dados secundários e também de informações vindas de outros países, qual é realmente a força da classe C.
A classe C representa 25% da população mundial. São 1.400 bilhões de pessoas no mundo inteiro com renda entre 3 mil e 20 mil dólares anuais. No Brasil são 120 milhões de pessoas na classe C. O que equivale a 68% da população brasileira. São pessoas que passaram a ter a renda variável, a chamada renda discricionária. Um dinheiro que passou a sobrar e tem sido destinado ao consumo.
Dentre outros fatores, o que causou esta alteração foi o aumento das ofertas de emprego e com isso o aumento do salário e da renda.
Com o aumento do número de pessoas das classes A, B e C, as classe abaixo destas diminuem conseqüentemente e com isso cresce a renda média do brasileiro. Ou seja, a renda per capita passa de 460 reais para quase 580 reais, neste ano. Não só o bolo cresceu como também ficou bem mais distribuído.
Não há registro, na historia do Brasil, de um momento em que a distribuição de renda brasileira tenha melhorado juntamente com o aumento da renda per capita.
Também pela primeira vez na história, a classe C é a dominante em termos de quantidade de pessoas, representando a maioria da população. Hoje a classe média equivale a 52% da população brasileira.
Este momento está associado às profundas transformações políticas, econômicas, sociais e à estrutura de consumo no mundo inteiro.
Com base nestas informações, surge um questionamento. Como fazer negócios, de forma responsável e sustentável, com este público?
Conquistar a confiança destas pessoas, destes consumidores, é primordial. Uma marca, para conseguir alcançar este público, precisa adquirir o status de confiança.

A metodologia
A equipe do IBOPE, juntamente com a Troiano Consultoria, criou o ICP – Índice de Confiança Popular, para medir este fator, tão importante para os consumidores da classe C. A ferramenta combina uma extensão quantitativa e informações profundas colhidas de diversas fontes.
Foram 3.003 entrevistados, entre 18 e 39 anos, em 9 regiões metropolitanas brasileiras, com renda média de 1 a 3 salários mínimos e com, em média, 4 pessoas na família. Os pesquisadores utilizaram como método a vivência etnografia, participando, com o mínimo de interferência, da vida destas pessoas.
Foram aceitos quatro patrocinadores para este projeto, uma para cada um dos segmentos estudados: financeiro, cerveja, fast food e telefonia.
O questionário necessitava de, em média, uma hora e trinta minutos para ser completamente preenchido.
Produto, distribuição, preço, atendimento, comunicação e marca foram os quesitos avaliados durante a pesquisa.
O importante no quesito Produto/Serviço foi o aspecto qualidade e, em especial, se eles atendiam as necessidades daquele consumidor.
Quanto a Distribuição, o ponto analisado foi a facilidade de o consumidor encontrar aquele produto/serviço. Importante era saber se estes estão disponível onde o consumidor tem o hábito de compra.
Em se tratando do Preço, o aspecto analisado foi o sentimento que o consumidor tinha se aquilo que ele comprava valia o que custava, se possuía tarifas e preços justos.
Sobre o Atendimento o mais importante foi o respeito. Ser bem atendido, com atenção e, principalmente, com respeito.
No quesito Comunicação, o questionamento foi em relação ao tipo de produto ou serviço que tem propagandas que eu gosto, ou seja, quais marcas estão direcionando seus esforços publicitários para esta classe e estão conseguindo percepção.
No último e mais importante aspecto, a Marca, o ponto analisado foi o sentimento que o consumidor tem delas. Procuramos saber quais marcas são ou poderiam ser especiais para eles, de alguma forma.
O índice vai de 0 a 100 para cada quesito. Como resultado, as marcas mais pontuadas são as que possuem um índice maior de confiança pelo consumidor. Quando foram trabalhadas marcas regionais, o índice também foi regional.

O resultado
A maior parte das marcas de cerveja obteve um índice muito baixo de confiança. Apenas 4 marcas obtiveram índices médios e apenas 1 alcançou um índice melhor de confiança, com no 60 pontos.
Quando se fala em cerveja, a Comunicação tem um peso importantíssimo no índice de confiança da marca. Nesta categoria, o que mais pesou para o baixo nível de confiança foi a Comunicação.
No quesito financeira apenas 1 alcançou um índice razoável de confiança. O que mais pesou contra foi o Preço. Neste ponto é importante lembrar a filosofia exposta pelo Andre Velloso, da Financeira Losango, pertencente ao grupo HSBC, “quanto menor a renda do cliente, maior o preço do empréstimo”. Segundo ele, a avaliação de risco é feita para todos os solicitantes. O valor dos juros é cobrado de acordo com o nível de risco do financiado, se ele apresenta um risco maior de não conseguir quitar o empréstimo, os juros acrescidos são mais altos. Dessa forma, o “pobre” tem menos chances de conseguir o empréstimo e se consegue contraí dividias com juros quase no dobro do valor financiado.
Já na telefonia apenas 4 marcas foram bem pontuadas. Neste quesito, a Distribuição obteve um peso muito grande na medição do índice de confiança.
Na categoria fast food foram trabalhadas 36 marcas. 1 marca alcançou um bom desempenho, entre 60 e 100 pontos, o máximo possível.
As variáveis Preço e Comunicação foram as mais ressaltadas, o que representa que estes são aspectos de maior importância para a confiança do consumidor. Estes dois pontos são fundamentais na categoria fast food.
No total foram 64 marcas estudadas. Apenas 4 delas alcançaram um índice de confiança elevado, entre 60 e 100 pontos.
A partir destes resultados, a equipe passou a estudar apenas as marcas mais bem pontuadas. Iniciamos a analise dos fatores, comuns a todas elas, que fizeram com que obtivessem um alto índice de confiança dos consumidores.
A pergunta principal: Onde estas marcas acertaram?
Na avaliação, estas marcas mostram, ao menos, 4 caminhos para fazer negócios com o consumidor da classe C.
Caminho 1
As marcas de confiança são uma ponte para o projeto aspiracional desses consumidores.
De um lado todo ser humano tem um Eu verdadeiro e um Eu ideal. Entre eles existe o ESPAÇO DE IDEALIZAÇÃO.
Posso me aproximar de marcas que traduzam melhor o meu eu ideal e com isso me aproximar mais do meu espaço idealizado.
O projeto do eu ideal é bem distinto do eu verdadeiro e atual.
Caminho 2
Marcas cujos produtos sejam, ou se tornem ruins, não resistem à confiança do consumidor.
A atenção com a qualidade é ainda mais marcante do que para as classes com renda mais alta.
Qualidade é a condição para jogar, é o fator chave para geração de confiança. Em especial nas categorias fast food, cerveja e telefonia celular. Só não o é na área financeira, onde o que mais pesa são as taxas, ou seja, os preços.
Caminho 3
Marcas de confiança sempre têm uma nova história para contar.
Nós utilizamos a fábula da Sherazade para exemplificar este conteúdo. Sherazade era obrigada a contar uma nova história todas as noites, para que o seu Rei não a matasse.
As marcas Sherazade sempre ganham das marcas Talibã.
Caminho 4
Preço não é necessariamente gerador de confiança. Depenar produtos não é garantia de sucesso.
Há algum tempo atrás, as estratégias de preço para as classes baixas eram feitas a partir da extração de fatores do próprio produto ou serviço. Hoje em dia apenas o mais barato não é o melhor avaliado.
Muitas vezes o consumidor da classe C prefere pagar mais se ele acreditar que o produto mais barato tem menos qualidade.
Poucas marcas fazem negócio com a classe C da forma mais lucrativa para ambos os lados.
Das 64 marcas apenas 4 alcançaram um patamar de confiança razoável. Mas é preciso avaliar que, a partir destas ferramentas, é possível iniciar uma era de mudanças na atuação das marcas no mercado e com o consumidor da classe C.
Apesar das dificuldades apresentadas, existem duas boas notícias.
Apesar de quase 70% das pessoas declararem ter dívidas no momento da pesquisa e de 58% ter mais dívidas do que há 2 anos, elas querem e acreditam que vão seguir crescendo. Acreditam que este movimento de ascensão na social os levará para cima também. Todos entrevistados foram otimistas e disseram acreditar que, num futuro próximo, estarão melhores econômica e socialmente.
Todos os entrevistados possuem projetos aspiracionais muito fortes.
Como já dito, para os consumidores, as marcas são um aliado importante no projeto de crescimento, na concretização do projeto aspiracional. As marcas fazem parte do projeto de futuro destas pessoas e têm um papel a desempenhar neste cenário de vida futura delas.
O espaço de idealização é preenchido pelas marcas. Entre o eu atual e o eu aspiracional, as marcas exercem um papel importante, aproximando o consumidor do seu futuro sonhado e ideal.
O índice de credibilidade, avaliado pelo IBOPE todos os anos, tem caído drasticamente. Por isso, existe um espaço vago para as marcas de consumo ocupar. Basta abrir os olhos.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Maxímidia 2008: BRIC – Parceiros, Concorrentes ou Curiosidade?

09 de outubro de 2008
Palestra:
BRIC – Parceiros, Concorrentes ou Curiosidade?

Palestrante:
Stephen Kanitz – KANITZ
Moderadora:
Regina Augusto – Grupo M&M

BRIC – Brasil, Russia, Índia, China

Eu concordo com o Nizan Guanaes, quando diz que estamos em um momento onde devemos ter cautela e nos preparar para o pior. Mas sem torcer para que ele aconteça.
Em 1929, a quebra da bolsa de Nova York causou um estrondoso colapso na comunidade norte America e repercutiu por mais de 15 anos.
Eu, e diversos outros especialistas, acreditamos que esta crise vai durar somente 7 anos.
Em 1994 eu já avisava para todos, através de palestras por todo o Brasil, que a inflação brasileira ia acabar.
Há dez anos, neste mesmo evento (Maximidia), eu falava que o Brasil ia dar certo. O crescimento econômico tiraria 20 milhões de brasileiros da classe D e E.
Eu escrevi The Emerging Economic Boom 1995-2005, onde contava tudo isso, detalhadamente. Aliás, quando começaram a especular sobre os países emergentes eu defendia o Brasil como um deles, afirmando ser uma boa aposta.
Nesta época, enquanto eu dizia para investir no Brasil, a revista Exame recomendava comprar dólares.

A questão:
Os Economistas são intelectuais que nunca trabalharam na vida, nunca tiveram interesse em trabalhar e, nem ao menos, de conhecer as empresas, é o profissional mais entrevistado pela impressa brasileira. São eles que dizem sempre para ficarmos quietos, calados, sem fazer nada. E isso faz com que todos se acautelem demais.
Prever não é ruim, prever errado sim. Previsões erradas podem gerar desemprego.
Alguns estão dizendo hoje que estamos vivendo uma crise como a de 29, onde 25% dos norte americanos perderam seus empregos, registrando inclusive casos de suicídio.
Mas isso não é verdade. Nem mesmo o Brasil vive o mesmo momento e a mesma dependência financeira. Mas ainda assim, diversas pessoas já foram despedidas e diversas outras estão em pânico.
São estes economistas, com pouca experiência prática e real, que estão piorando a situação atual.
As origens da crise de hoje são os mesmo erros de 1935. Nesta época, as autoridades americanas elevaram a taxa de juros em 100%. Este era o juros nominal. Já o juros real foi de 11%. Por conta desta estratégia, 4 mil bancos quebraram.
Por isso, os bancos que sobraram foram regulamentados. Eles somente podiam emprestar 12 vezes o seu capital e reservas, valor corroído pela inflação do período, ano após ano.
Com isso, os bancos comerciais foram perdendo, gradativamente, o seu valor e assim não tinham reservas para as transações bancárias.
O capital de um dos maiores bancos norte americano era de 40 milhões de dólares. Hoje, depois de quase cem anos, vale apenas 2 dólares.
No ano passado, quando era colunista da Veja, publiquei que os bancos mundiais deixarão de investir 12 trilhões de reais neste ano, por causa de uma inflação de 4%.

Existem sete fases básicas em uma crise:
1ª O problema é um mero boato;
2ª O problema realmente existe, mas todos dizem que podemos ficar tranqüilos, que está tudo sob controle;
3ª Admitem que realmente o problema seja grave, mas que já estão tomando as providências necessárias;
4ª O problema é muito grave e dizem que as medidas emergenciais já foram tomadas, agora resta esperar pelos resultados;
5ª Pânico geral! Salve-se quem puder! Neste momento de falatório, a sociedade é alarmada e com isso o consumo diminui drasticamente. Nos EUA a venda de carros caiu em 30% no último mês;
6ª A caça aos culpados. Criam-se comissões de inquérito e inicia-se um processo de acusações;
7ª A prisão dos inocentes. Que é o que mais assusta! Porque, neste momento, os falsos culpados são linchados. E os grandes culpados são os geradores destas desconfianças e acusações. Um dos maiores acusados pela atual crise norte americana é o Presidente Bush, mas ninguém da impressa brasileira ou americana divulgou que o Banco Central norte americano é independente do Governo. Por pior que pareça, nesta questão, ele é inocente, mas esta sendo julgado e será condenado como culpado.
Quem já é rico, não quer ficar mais rico e sim preservar suas finanças. Por isso rico não arrisca e não investe, retraindo a economia brasileira. Quando o ideal seria alavancar, investindo e fazendo girar a roda da economia.

Não é igual à crise de 29
Dinheiro que está em DI não conta. Toda poupança fica neste DI e em nome da pessoa física/jurídica, não em nome do banco. Então se o banco quebrar você, que poupou, não perde nada. Durante as crises o conselho é deixar o seu dinheiro lá, guardado na poupança e não entrar em pânico e sair tirando tudo para guardar debaixo do colchão.
Hoje, o Brasil tem em reserva 220 bilhões de reais. Para não ter sustos, faça uma reserva. O. Graças ao Henrique Meirelles, atual presidente do BC, nós temos reserva como nunca antes. Isso significa que nos não teremos problema algum. Na pior das hipóteses, caso falte dinheiro, o Brasil está preparado.

O Brasil está bem melhor que os EUA e isso só falta ser publicado.
Nós nunca tivemos, na história do Brasil, os trilhardários. O cara que tem 1 bilhão de dólares.
Estes super ricos poupam 99% do que ganham. Já os pobres, que vivem com menos 1 salário mínimo, não poupam absolutamente nada.
Segundo Antonio Hermínio de Morais, ex Presidente da Federação do Comércio de São Paulo e uma das pessoas mais ricas do Brasil, em 2050 nós teremos 1 trilhão de dólares em poupança. Em 2100 teremos 3 trilhões de dólares em poupança.
Por isso, eu acho que essa crise vai passar com muita rapidez. Os bancos brasileiros já possuem fontes de onde tirar verba, caso necessário, sem contrair dívidas absurdas e quebrar.
Ano que vem o Brasil vai crescer 3%, dizem os especialistas e eu acredito.
Nestes últimos dez anos o número de matrículas nas universidades aumentou muito. O número de faculdades de administração também aumentou demais. Nos EUA 18,6% da população é formada em Administração, no Brasil são apenas 6%.
Até 1980, no Brasil, a profissão mais freqüente era a advocacia, com 12,3% da população. Hoje no Brasil 17,7% da população é graduada em administração. A previsão é de que em 2010, serão 25% de administradores.
Enquanto Harvard criava administradores socialmente responsáveis, na União Soviética todos os administradores foram mortos durante a Guerra Fria, assim como os contadores e todos aqueles profissionais julgados como espiões do capitalismo.
Maquiavel dizia que “em caso de crise, mate o primeiro escalão”, e eles mataram o primeiro e o segundo.

O Brasil pegou a visão da esquerda soviética. Por isso, os administradores são muito mal vistos.
Tanto que hoje, aqui no Maximidia 2008, não se falou de administração, só se falou em gestão.
Mas nós precisamos resgatar estes administradores socialmente responsáveis e não valorizar empresários que só ficam falando de si.
O que, a primeira vista, pode até parecer que estamos “emburrecendo”, mas não é verdade. O fato é que a cada dez anos o QI médio das crianças está aumentando 3%. Uma criança que nasceu em 1960 tinha um QI de 100 pontos, já aquelas que nascerem 2010 terão um QI de 119.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Maximidia 2008: Advergames – Mantendo a sua marca no jogo

Continuando a série Maximidia 2008, posto aqui outra palestra que assisti, através do Maximidia Sat 2008.

07 de outubro de 2008
Palestra:
Advergames – Mantendo a sua marca no jogo

Painelistas:
Jay Sampson – Massive Network, Microsoft Advertising (EUA)
Debatedores:
Leandro Cruz de Paula – Microsoft Advertising
Pedro Cabral – Isobar
Moderador:
Pyr Marcondes – Meio Digital


Jay Sampson é Diretor Sênior da Emergin Midia e responsável pela Massive Network, uma tecnologia de publicidade para rede de games. Esta tecnologia foi comprada pela Microsoft há dois anos.

Falar de jogadores de videogame é falar de jovens adultos e adolescentes entre 13 e 24 anos.
O game faz parte da vida de muitas pessoas. A FTC Inteligence quantificou este mercado em 21 milhões de dólares. Um mercado muito maior que o de música e filmes.
Hoje é possível levar estes jogos para onde quer que o consumidor esteja através de aparelhos portáteis. É comum que as famílias mantenham diversos aparelhos com acesso à games, que vão de telefones celulares (iphones) à tocadores de música (ipod).
A conectividade muda todos os dias e mudou tudo no ambiente de games. Não simplesmente no modo de jogar, como também na interatividade com amigos.
O game muda a maneira como o conteúdo pode ser distribuído.
Através do console ou PC, utilizando softwares, o jogador pode atualizar o programa através da internet e receber as mais recentes novidades, criadas tanto pela companhia desenvolvedora do jogo quanto pelos próprios jogadores.
Nos Estados Unidos 94% dos adolescentes entre 13 e 24 anos jogam online e passam de 45 a 50 horas semanais jogando. Por isso, este é um público que os publicitários precisam aprender a lidar. Foi comprovado que este público gasta muito mais nos jogos e nos equipamentos para jogar, do que em músicas e filmes.
As produtoras de filme atualmente são os maiores anunciantes em games. Eles têm obtido grande retorno com o público que joga e conseqüentemente vai ao cinema.
A Adidas também é um grande anunciante em games. A sua participação se faz durante as partidas, onde os personagens usam roupas e equipamentos da marca.
Em 2007, 8% do crescimento do PIB dos EUA se deu pelo comércio de jogos online. Algo parecido começa a acontecer no Brasil, em especial nas regiões de grande poder aquisitivo, como São Paulo.
Algo que atrasa estas expectativas é a pirataria. Quase 90% dos consoles utilizam jogos pirateados.
Existem 5 táticas para anunciar em games:
· Fazer propaganda nos web sites, que são muito acessados pelos jogadores;
· Dinamic in game advertising. Enquanto os games estão acontecendo, os jogadores recebem propagandas em tempo real;
· Eventos patrocinados ou Patrocínio de conteúdo;
· Desenvolvimento de anúncio em produtos específicos. Trabalhando juntamente com a Microsoft, O Burguer King criou um jogo da própria marca, que podia ser jogado em PC e também em console. Assim, a marca passou a vender, não somente os hambúrgueres, mas também os jogos. Os preços eram os mesmos dos lanches e a procura foi enorme, gerando muita mídia espontânea e com isso um aumento significativo das vendas de lanches.
· Outra forma é a “colocação pesada” ou Game in Core. Desta maneira, o produto é inserido no jogo e faz parte. No jogo do James Bond, o agente 007 utilizava um celular Nokia e a marca ficava exposta durante todo o jogo.
Importante ressaltar que o anúncio não deve incomodar o jogador, atrapalhando a jogabilidade ou a visibilidade dos detalhes do jogo.
Deve existir uma forma de garantir ao mercado que as propagandas estão sendo vistas, através:
1. Tamanho do anúncio, em termo de pixels;
2. Ângulo do anuncio;
3. Tempo de exposição.
Para não gerar muita concorrência pela atenção dos jogadores durante o jogo, estipula-se, em média, 4 a 5 minutos por hora de jogo para exposição da marca. São quase 10 segundos por peça.
É possível ainda que o próprio personagem do jogo faça propaganda das marcas, falando o slogan, usando roupas ou acessórios, dentre outros.
Foi feito um estudo co várias mídias para avaliar o desempenho de destas durante os últimos 10 anos. O resultado ficou:
cinema 8%,
canais online 7%,
televisão 32%,
meios de massa 25% a 70%.
A partir daí é possível entender que a adequação do material divulgado para o publico alvo é primordial. É preciso analisar qual o público daquele jogo e se a sua marca se adéqua ao jogo.
A América Latina está pronta para a expansão do Advergames. Em especial para os games para PC. Na China os consoles são proibidos, por isso foco é nos jogos para PC.
A Microsoft está presente em mais de 24 mercados, a seção de Advergames está expandindo para novos mercados, como México e o Brasil.
Este é o grupo de consumidores do futuro.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Maxímidia 2008: A marca na agenda do CEO

Eu sei que o blog estava abandonado às moscas. Eu sei que sou inteiramente responsável por isso, mas a vida é assim mesmo. Nem sempre sobra tempo para nos dedicarmos ao que mais gostamos. O importante é que voltei! E agora vou deixar esse espaço um pouco mais profissional!
Pra começar, posto aqui a primeira palestra do Maximídia 2008- a minha resenha, claro!
Maxímida é um evento nacional, que acontece anualmente e tem como foco a discussão sobre MÍDIA! Como não tenho cacife para ir ao World Trade Center em São Paulo, participei, pelo segundo ano consecutivo, da transmissão via satélite feita por uma emissora aqui de Belo Horizonte.

O evento foi muito bom, as discussões muito produtivas e os barracos inéditos! Quem quiser saber mais, acessa www.maximidia.com.br/2008/.


7 de outubro de 2008
Palestra:
A marca na agenda do CEO

Painelistas:
Cledorvino Belini – FIAT
Márcio Utsch – Alpargatas
José Antonio do Prado Fay – Perdigão
Ricardo Gonçalves – Cia Muller de Bebidas
Moderador:
Marcelo Parada – Grupo Bandeirantes

Belini - FIAT
Eu acredito que o Branding é algo que fazemos todos os dias e que está na raiz do sucesso do nosso negócio. Branding é o que vemos acontecer todos os dias, em tudo que as pessoas fazem dentro da empresa.
Uma marca forte nasce dentro da corporação e antes de ser adotada pelos consumidores, deve ser adotada por todas as pessoas envolvidas. Desde a área de pesquisa até a equipe de vendas.
Construir uma marca é um processo contínuo, é necessário questionar sempre a direção tomada. E necessário ouvir, dentro e fora da empresa.
Na FIAT as pessoas participam todo tempo e a participação acontece de forma diferente.
Buscamos absorver tudo que está acontecendo a nossa volta e pensamos constantemente no futuro. Na campanha de 30 anos da montadora no Brasil, foram ouvir diversos consumidores e também futuros consumidores.
Acredito que a liderança de uma empresa é o resultado direto da capacidade de gerar benefícios que transformem o mercado e agreguem valor a toda à sociedade e seus stakeholders. Engloba a satisfação das necessidades dos clientes e até mesmo de seus desejos, da forma mais ampla possível.
Antes de transformar a sustentabilidade em uma campanha é preciso avaliar esta situação dentro da empresa.
A FIAT mudou as ruas brasileiras, nunca se viu tanto FIAT na rua desde a chegada da Fábrica no mercado Brasileiro, em 1976.
O ponto aqui é dizer a todos que eu não acredito que os presidentes devem encontrar um tempo para pensar nas marcas. Simplesmente porque não acredito que seja possível gerir uma empresa e não pensar nisso o tempo todo.

Fay - Perdigão
Ainda se faz muito pouco de Branding no Brasil, é mais comum pensar na comunicação, sem esta especificação.
Marcas são entidades que tem existência virtual.
O poder não está no símbolo, mas no que ele representa. A Faber Castel, fundada no século 17, ainda hoje é uma marca forte e com grande representação.
Marca e lucro tem uma relação indivisível. O lucro vem da maneira como a gente consegue acessar o consumidor final, que é quem decide a compra.
Uma marca serve para aumentar o valor de uma companhia. Através dos produtos, via consumidores.
Os custos raramente são vantagens competitivas. É difícil imaginar que uma empresa mantenha como diferencial os custos. A tecnologia se espalha com facilidade e por isso os produtos são bem parecidos. O que faz os preços serem realmente diferente é a força das marcas a que estão atreladas a eles. Preço e Produto são dois princípios básicos para se ter uma marca forte. Como os custos são bem semelhantes os produtos também são muito parecidos.
Os acionistas valorizam a sustentabilidade, mas não é possível pensar em sustentabilidade sem que haja uma marca forte. O valor de mercado da empresa está diretamente ligado a sua gestão e aos seus gestores. Cabe, também, aos acionistas, trabalhar a marca no mercado, valorizando-a. O volume de vendas e o preço impactam fortemente no valor de uma companhia.
Quando é feito o cálculo de uma empresa, em situação de fusão ou aquisição, o que mais pesa é o faturamento de uma companhia. E isto é absolutamente ligado ao preço que ela vende seus produtos no mercado. Mesmo quando o CEO esta envolvido em funções diferentes da comunicação, como um Diretor Financeiro, por exemplo, deve estar atento à marca, ao processo do Branding.
Quando calculamos o valor da companhia inclui-se o valor dos ativo, o que é uma grande variável. Algumas empresas têm ativos tecnológicos, como maquinário, já as empresa de mídia tem pouco ativo físico, o que se considera como ativo é o próprio ser humano, o atibo intelectual e por isso intangível.
ÁGIO! Por que não se vende uma companhia pelo valor dos seus ativos, mais as dívidas? Porque ela tem uma posição de mercado, sua marca, sua tecnologia e etc. Tudo isso deve ser calculado no momento de mensuração do valor da empresa, mas a marca é o ponto central.
A Proctor and Gamble comprou a Gilete por 25 milhões de reais. Valor bem maior que a soma de todos os ativos e dívidas desta empresa. Essa discrepância é devida ao valor da marca.
Construir marcas é um processo complexo e caro. Branding é um processo que, além de complexo é incontrolável. As empresas controlam estoque, produção, mas não consumidores e nem concorrência. Além disso, o Branding é um processo de longa duração. As marcas são construídas durante vários anos.
O IRF tem permitido nos últimos tempos que a companhia declare e registre o valor de uma marca, juntamente com o valor de seus ativos,
No fundo a marca é muito mais duradoura e mais volumosa do que a própria fábrica. As fábricas se tornam absoletas e precisam de constante atualização física. Já as marcas têm a possibilidade de se reinventar freqüentemente, com custos financeiros bem menores. É obrigação dos CEOs e de toda a Diretoria zelar pelas marcas.
Diferenciação e relevância são aspectos difíceis para uma marca alcançar no ponto de venda, por isso a própria marca é o bem mais precioso de uma empresa. Não é um assunto somente dos CEOs. Este deve ser o guardião da marca, assim como o conselho de administração e a assembléia dos acionistas, bem como todos os demais colaboradores da companhia.
Falar em marca é como falar em sexo, ninguém é contra, todo mundo gosta, mas a realidade é diferente da retórica.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

A ocasião é quem dita a razão



Quero ressaltar que a cada momento eu tenho uma nova idéia para um texto, baseado em alguma notícia, acontecimento, conversa, momento ou pensamento.
Resolvi escrever sobre os relacionamentos. É claro que não sou psicóloga e mesmo que fosse não ousaria definir este comportamento. Mas sou intrigada e busco entender o que domina as pessoas para que elas se socializem ou se excluam.
Trabalho em um lugar “descolado” onde se espera que as pessoas tenham um bom relacionamento. Ao contrário das grandes empresas, aqui todos podem almoçar juntos, fazer a paradinha para o café juntos e mesmo conversar bastante durante o horário de trabalho. Mas o fato é que as pessoas pouco se conhecem. Algumas poucas são mais próximas entre si, mas ainda assim.
O que leva alguém a se aproximar de outro alguém? Alguns dizem que é a convergência de idéias, outros dizem que é a disparidade das idéias. Eu acho que o que leva as pessoas a se aproximarem ou repelirem é a situação. Existe o ditado: “A ocasião faz o ladrão”. Pois eu acredito que os relacionamentos também se fazem por ocasião. É o momento oportuno do encontro entre pessoas desconhecidas que faz com que elas se aceitem ou se sintam intimidadas.
Eu tenho certeza de que muitos dos meus desafetos não o seriam se o momento fosse outro.
O simples fato de estarmos no melhor dia de nossas vidas, exalando felicidade, pode ser a razão para um indivíduo enxergar um inimigo e assim permanecer para todo o sempre.
Duas perguntas ficam no ar:
Primeiras impressões podem ser substituídas em momentos de mais intimidade?
Com tanta gente nos cercando e com tantas ocasiões para conhecer novas pessoas devemos mesmo nos importar com aquelas que nos tem em má impressão?